O telescópio Spitzer, da agência espacial estadunidense, a Nasa, descobriu um novo anel em volta de Saturno, maior que todos os outros conhecidos que circulam o planeta. O fino aglomerado de gelo e partículas de poeira cósmica fica a 27 graus de inclinação em relação ao planeta. Apesar de ser famosa por seus sete anéis, Saturno também tem muitos outros anéis pequenos e incompletos.
O novo anel começa a quase 6 milhões de quilômetros do planeta, e se estende por 7,4 milhões de quilômetros. De acordo com o laboratório da Nasa que realizou os exames sobre a descoberta, seriam necessárias 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra para preencher o anel.
Whitney Clavin, porta-voz do laboratório, afirma que o anel é muito difuso e não reflete muita luz, por isso só foi descoberto agora, com o Spitzer. Apesar de ser extremamente frio, chegando a temperaturas de quase 200 graus negativos, o anel libera radiações térmicas.
Os cientistas que realizaram a descoberta acreditam que o material que forma o anel vem de uma das luas do planeta, chamada de Febe.
A descoberta do novo anel pode também responder a antigas questões sobre outro satélite de Saturno, a lua Jápeto, que tem um lado coberto por um material escuro. O anel recém-descoberto orbita na mesma direção de Febe, enquanto Jápeto, os outros anéis e grande parte das outras luas do planeta giram para o lado oposto.
Os cientistas afirmam que o material que vem do anel exterior colide com Jápeto. “Há muito tempo os astrônomos suspeitam que existe uma conexão entre Febe e o material escuro em Jápeto”, afirma Douglas Hamilton, da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos, que participou da pesquisa.
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